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domingo, 10 de agosto de 2014

Dia do Pais

Ah, seu Jandir... Quanta falta o senhor faz em nossas vidas. E eu não estou falando só dos seus filhos e da sua esposa... hoje é um dia, entre tantos outros em que deve acontecer a mesma coisa, em que as pessoas que tiveram o privilégio de conhece-lo devem pensar: "Que saudade do Jandir."

Onde você chegava, levava luz e alegria. Onde você entrava, não sobrava espaço para tristeza. Quantas pessoas já dançaram ao som da sua gaita e quantas pessoas já riram das suas piadas. Quantas pessoas já puderam contar com sua ajuda e quantas pessoas já pediram seus conselhos.

Quem conheceu o italiano falador, briguento e teimoso e que muitas vezes parecia uma rocha inabalável, também conheceu o coração de manteiga que batia dentro daquele peito enorme. Um cara que não media esforços pela defender a família e verdadeiros amigos.

É seu Jandir... o senhor faz muita falta. "Que saudade do Jandir."

Todo dia os pais devem ser abraçados, beijados e amados. Se você já o abraçou, beijou e disse "Eu te amo pai.", vá lá abrace-o, beije-o e diga de novo. Se já fez, não importa vá lá e faça mais uma vez. Quando for deitar, vá lá e repita mais uma. Se ele estiver dormindo, beije-o suavemente e cochiche em seu ouvido: "Eu te amo pai."

Feliz dia dos Pais.

domingo, 13 de abril de 2014

Baile de Rancho

Baile de Rancho

I
E aí você chegou, depois que eu cheguei
Me olhou de um jeitinho que eu me apaixonei
Dançando juntinho, senti seu calor
Estava perfumada, como rosa em flor

II
A noite foi curta, fiquei a seu lado
Dançando juntinho, de rosto colado
O baile acabou, eu nunca mais lhe vi
Estou apaixonado, eu juro pra ti

III
Eu procurei muito, mas não lhe encontrei
Pra suas amigas, de você perguntei
Da moça bonita, igual uma rainha
Vou fazer de tudo, pra ela ser minha

IV
Eu ainda espero um dia lhe encontrar
Num baile de rancho pra poder namorar
Se ainda é solteira e não tem marido
Vou recuperar o tempo perdido

                                                           Jandir Bianco, 27/12/2000

domingo, 6 de abril de 2014

Minha Terra

Minha Terra

I
Já dizia o velho poeta
Todos devem se lembrar
Minha terra tem Palmeiras
Onde canta o sabiá
Quem bebe água da fonte
Um dia há de voltar

II
Palmeira é cidade Clima
Lugar bom pra se morar
Tem um povo hospitaleiro
Que os outros devem invejar
Eu falo com muito orgulho
Porque sou filho de lá

III
Minha cidade é antiga
Tem histórias pra contar
Ainda existe o casarão
Que D.Pedro dormiu lá
E para todos os palmeirenses
É orgulho do Paraná

IV
Para nós Filhos da Palmeira
Deus tem sido muito bom
Mandou como Padroeira
Nossa Senhora da Conceição
Para guiar o seu povo
E abençoar o clima bom


                                                                                                   Jandir Bianco, 03/02/2001

domingo, 11 de agosto de 2013

UTOPIA



Domingo. Dia dos Pais.



Quantos foram os domingos em que meu Pai foi chamado para, junto com outros pais presentes, subir ao altar da igreja no final da missa, para receber uma singela homenagem do padre e dos paroquianos que ali estavam. Invariavelmente era tocada a música "Utopia" (Pe.Zezinho) e depois dela um caloroso "Parabéns a Você".

Lembro que em todas essas oportunidades eu ficava muito contente de velo lá em cima, enquanto minha mãe e meus irmãos ficávamos cantando e acompanhando os músicos da igreja.

No retorno pra casa o Pai já vinha falando sobre as coisas que faltavam comprar para o churrasco e preocupado se ia dar tempo de preparar tudo para quando os convidados chegassem. Sempre dava tempo, mas ele sempre ficava inquieto com a situação. Era impaciente.

Correria pra cá, correria pra lá, as coisas iam se organizando e toda aquela movimentação ia enchendo a casa de alegria. Bons tempos aqueles.

Hoje, ao final da missa, o padre fez a mesma coisa que eu tinha me acostumado a ver durante toda minha infância e pré-adolescência: Chamou todos os pais presentes para subir ao altar e receber as devidas homenagens. Ao fundo, ouvia-se "Utopia". Não me contive e as lágrimas não demoraram a cair. Quantas lembranças do velho seu Jandir me vieram a memória.

A vezes que me levou pra viajar junto com ele para conhecer seu trabalho e suas andanças. Quando me ensinou as pescar e a quantas pescarias me levou. Quando me ensinou a dirigir já aos 12 anos (algo impensável hoje em dia) e depois tinha que ficar me regulando, pois em toda oportunidade eu queria dirigir o carro dele. Das várias viagens na saudosa Vemaget (DKV Vemag). Das muitas tardes em que me fez decorar a tabuada, a qual ficava afixada em uma lata de banha de 20 litros enquanto ele ia tomando os resultados conforme ia me lançando as contas. Até o acordeom me fez aprender, mas este eu não consegui me dedicar o suficiente para tocar direito, pois preferia jogar bola na rua (rsrs).

Quantos sermões eu ouvi e quantas vezes rimos juntos. Quantos conselhos me deu, apesar de eu não seguir muitos deles e hoje perceber como ele tinha razão nas coisas que falava. Sempre me ensinou a evitar as más companhias, respeitar os mais velhos, jamais pegar algo que não fosse meu, ser autêntico, trabalhar com afinco, valorizar as conquistas, ser previdente e não esbanjar, ser amigo dos amigos e jamais esquecer da família.

Hoje eu só tenho a agradecer por toda a educação que ele me deu e a todos os valores que me passou.

Obrigado Pai. Feliz dia dos Pais.



domingo, 10 de março de 2013

Naquela Mesa

Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ele contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ele juntava gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho
Eu fiquei seu fã
Eu não sabia que doía tanto
Uma mesa num canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse o quanto dói a vida
Essa dor tão doída, não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala do seu bandolim
Naquela mesa ta faltando ele
E a saudade dele ta doendo em mim
Naquela mesa ta faltando ele
E a saudade dele ta doendo em mim

                                                                           Nelson Gonçaves, 1974

Jandir era um grande fã da obra de Nelson Gonçalves. A letra dessa música é muito bonita e demonstra um pouco da saudade que pessoas importantes deixam quando partem de nossas vidas.


domingo, 27 de janeiro de 2013

Padre Pedro Antônio

I
Quero agradecer a Deus
Por estar aqui presente
A Família da Tia Olívia
Os amigos e parentes
E ao Padre Predro Antônio
Que veio rezar pra gente

II
Ele fez essa viagem
Para abençoar um casamento
Sei que ele está cansado
Eu aproveito o momento
Pra agradecer sua presença
Por partilhar desse evento

III
Padre Antônio tua presença
Entre nós sempre é bem vinda
Principalmente entre os parentes
A alegria é maior ainda
E com sua celebração
A missa fica mais linda

IV
Quando Deus fez este mundo
Deixou tudo encaminhado
Pedro Antônio se fez padre
Atendendo o seu chamado
E na hora da homilia
Ele nós passa o recado

V
Agradeço Padre Antônio
Pelo sacrifício de ter vindo
A todos que estão presentes
E que ficaram meu ouvindo
Queria que todos soubessem
A alegria que estou sentindo

                                                        Jandir Bianco, 19/07/2003

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Final de 2001

I
Fizemos uma festança
No fim do ano passado
Passamos a noite comendo
Lentilha e leitão assado
A turma estava animada
Jogando truco e conversando
De vez em quando um foguete
Pra ninguém ficar cochilando.

II
Assim passamos a noite
E as mulheres cantando
Num karaoke no capricho
E os homens bebericando
A meia noite paramos
Porque o céu estava em fogo
Tantos fogos que soltaram
Tinha chegado o ano novo.

III
Todos tomando champagnhe
Felicitando o ano novo
Esperando clarear o dia
Pra começar tudo de novo
Feito uma churrascada
Almoçamos com os parentes
O dia passou tão depressa
Ficamos muito contentes

IV
Logo depois do almoço
Fiz uma brincadeira
Peguei a gaita e toquei
Cantei xotes e vaneiras
Apanhei o violão e declamei
Uma história verdadeira
A vida de um carroceiro
Que era filho de Palmeira.

                                                                           Jandir Bianco, 13/04/2002