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sábado, 23 de abril de 2011

Pequena Escolinha


I
Eu sou nascido e criado
Lá no interior da Palmeira
Sempre tocando e cantando
Levo a vida em brincadeira
Quanto mais a gente canta
Mais a vida de expande
Eu sou nascido e criado
Ali em Faxinal Grande
 
II
Amigos que me conhecem
E os antigos vizinhos
Sabem que vim embora
Ainda era um rapazinho
Hoje eu sinto saudade
O tempo não volta mais
Quando Deus fez este mundo
Devia ter feito mais Faxinais

III
Eu lembro da minha infância
E da pequena escolinha
Saudade das professoras
Dona Isolde e Dona Terezinha
Me ensinaram o alfabeto
E escrever as primeiras linhas
O que aprendi com elas
Faz parte da vida minha

IV
Quero agradecer as duas
O que aprendi quando criança
Muitos anos se passaram
Mas guardo elas na lembrança
Se Deus quiser um dia
Irei vê-las pessoalmente
Para matar a saudade
Dos tempos de adolescente


Jandir Bianco, 28/03/2001.

Infelizmente, Jandir não teve tempo de ir visitar suas primeiras professoras e ler estes versos.

domingo, 17 de abril de 2011

O Sabiá

I
Acordei de manhã bem cedo
Antes do nascer do sol
Ouvi um sabiá cantando
Na cumieira do paiol
Peguei a gaita e conferi
Ele canta em si bemol
 
II
Foi fazendo a alvorada
Cantando com alegria
Ouvindo ele cantar
Parece que ele dizia
Está na hora de levantar
Já está clareando o dia

III
O dia chega mais bonito
Com os pássaros contando
Uns fazendo revoadas
Outros em bando voando
E a coruja lá no toco
Só fica observando

IV
Quando o dia amanhace
O céu fica cor de anil
O sabiá continua cantando
Igual um disco de vinil
Por isso foi escolhido
O pássaro símbolo do Brasil!

Jandir Bianco, 10/02/2003.

domingo, 10 de abril de 2011

E vida boa...

Refrão
 
  Eu não tinha o que fazer
  Fui passear lá na cidade
  Tomei uns goles de canha
  Aí foi só felicidade

I
Me levaram para passear
Em uma casa esquisita
Mas quando chegamos lá
Só tinha china bonita
O gaiteiro ia tocando
Pandeiro fazia o costado
O lampião clareava pouco
E o clinaredo animado
 
  Eu não tinha o que fazer
  Fui passear lá na cidade
  Tomei uns goles de canha
  Aí foi só felicidade

II
Entrei e sentei num canto
Pois sou meio desconfiado
De repente veio uma china
E sentou bem ao meu lado
Disse: "Bem, pague uma dose"
E como eu não sou rogado
Disse: "Beba a noite inteira
Que já estou apaixonado"
 
  Eu não tinha o que fazer
  Fui passear lá na cidade
  Tomei uns goles de canha
  Aí foi só felicidade

III
Perguntei o que ela fazia
Mas que pergunta inocente
Ela disse: "Faço tudo para agradar todo cliente"
Fui e chamei o garçom
Queria tomar mais um trago
Só quando paguei a conta
Que vi o tamanho do estrago.

  Eu não tinha o que fazer
  Fui passear lá na cidade
  Tomei uns goles de canha
  Aí foi só felicidade


Jandir Bianco, 15/08/2002.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Xote do Anonimato

Refrão
 
  Fiz este xote
  Mas não foi feito pra mim
  Fiz este xote pra um gaúcho
  Que é filho de Erechim

I
Este gaúcho
É meu amigo e companheiro
Eu não falo o nome dele
Mas é um baita de um gaiteiro
É gente boa, tá montado no dinheiro
Plantador de milho e soja
Pois o índio é fazendeiro

 
  Fiz este xote
  Mas não foi feito pra mim
  Fiz este xote pra um gaúcho
  Que é filho de Erechim

II
Gaúcho velho
Admiro sua humildade
Toca só pra nós ouvirmos
Com a maior simplicidade
Eu te admiro, pode crer que é de verdade
Agradeço o velho Pai
Por contar com sua amizade

 
  Fiz este xote
  Mas não foi feito pra mim
  Fiz este xote pra um gaúcho
  Que é filho de Erechim


Jandir Bianco, 10/08/2002.

Xote composto para seu amigo Gaúcho, natural de Erechim-RS mas que reside em Palmeira-PR.