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domingo, 28 de agosto de 2011

Canção do Amor

I
Ouça esta canção, que dedico a você
Quando você ouvir, sei que vai me compreender
Tudo que eu falei, você não acreditou
Então essa é mais uma prova, de amor que te dou
Sempre duvidou, da minha sinceridade
Pode acreditar, que é a pura verdade
Pois sempre lhe amei e continuarei amar
E vou lhe fazer feliz, pode acreditar

II
A vida só é bela, se for ao seu lado
Com muita saudade e mais apaixonado
A distância é grande, mas o amor supera
Ainda vou lhe amar muito, mais do que você espera
Quando eu vim embora, meu coração doeu
Sabia que ele queria, ficar juntinho do seu
Ali eu compreendi, o que ele quis dizer
Não dá mais pra ficar, longe de você.

Jandir Bianco, 29/02/2002

sábado, 6 de agosto de 2011

Saudade

I
O porto estava lotado
O povo andando apressado
Era aquele vai e vem
A viagem era embarcada
Quase não existia estrada
Ainda não havia trem
Ouvi o vapor apitar
Era hora de zarpar
Do cais de Porto Amazonas
Ali na primeira curva
O marujo até se encurva
Para dar adeus à sua dona.

II
A viagem era demorada
A carga muito pesada
O vapor ia serpenteando rio abaixo
Lá adiante tinha pescador
À noite ouvindo o ronco do vapor
Para vê-lo passar, corria acender um facho
Peixe tinha em abundância
Lembrando ainda era criança
Das primeiras pescarias
Passava o vapor carregado
A gente ficava assustado
Depois só via alegria.

III
Eram tantas lanchas e vapores
Que transportavam valores
Com certa segurança e pontualidade
Os portos mais movimentados
Foram crescendo e virando povoados
Se transformaram em cidades
Porto Amazonas e a sonhada Palmira
De cidade à condição a distrito vira
São Matheus, Irineópolis, antiga Valões
União da Vitória e Porto Vitória
Que fazem parte da história
Desde os desbravadores dos sertões

IV
Se voltarmos rio acima
A largura do rio termina
Onde a margem fica estreita
E ali em Paula Pereira
Que o Iguaçu sobe pra esquerda
E o Rio Negro pra direita
Seguindo o Rio Negro adiante
Não precisa andar bastante
Para chegar em Marcílio Dias
E encontrar o rio Canoinhas
De onde a erva-mate vinha
Nas barcas seguindo as hidrovias

V
Entre as matas com taquaras
Logo adiante é Três Barras
Que fica antes de Antonio Olinto
O porto do corvo branco faz lembrar
Terra do capitão França Bach
Pois ali morava o distinto
A viagem continuava subindo
As embarcações iam sumindo
E cada curva um apito
Rio da Várzea e Barra Grande
E o Negro que se expande
A cidade acolhedora e o rio muito bonito.


Os versos acima são abertura do Livro os Vapores de Arnoldo Monteira Bach publicado ano 2006. Editora UEPG.

A música já foi tema de uma reportagem sobre o Rio Iguaçu no programa Meu Paraná da Rede Paranaense de Televisão - RPC. 
 
Esses versos já foram citados em outra publicação no blog
. relembre.