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domingo, 30 de outubro de 2011

Gavola e Palpiteiro

I
Uma coisa que me irrita
É prosear com gente gavola
Daqueles que sabem tudo
Falam mais do que vitrola
Tudo o que é dele é melhor
Dos outros não vale nada
Este tipo de vivente
É que nem pataca furada

II
Se você esta trabalhando
Ai vem chegando o sujeito
Se intromete no serviço
Já vai achando defeito
Ele da palpite em tudo
E se incomoda com o vizinho
Pode crer, o caráter dele
É muito pequenininho

III
É metido a garanhão
A mulher faz que ignora
Pois ele é o sabe tudo
Da sogra, mulher e nora
Mas quando ele se liga
Que a mulher sai e demora
Aí já ficou tarde
Ganhou sócio lá fora.

Jandir Bianco, 28/08/2001

domingo, 23 de outubro de 2011

Baile de Rancho

I
Mas você chegou, depois que eu cheguei
Me olhou de um jeitinho, que eu me apaixonei
Dançando juntinho, senti seu calor
Estava perfumada, como rosa em flor

II
A noite foi curta, fiquei a seu lado
Dançando juntinho, de rosto colado
O baile acabou, e nunca mais lhe vi
Estou apaixonado, eu juro pra ti

III
Eu procurei muito, mas não lhe encontrei
Pras suas amigas, de você perguntei
Da moça bonita, igual uma rainha
Vou fazer de tudo, pra ela ser minha

IV
Eu ainda espero um dia lhe encontrar
Num baile de rancho para namorar
Se ainda é solteira e não tem marido
Vou recupar todo tempo perdido

Jandir Bianco, 27/12/2000

domingo, 16 de outubro de 2011

Coisas da Vida (Companheiros da Estrada)

I
Esta vida de viajante
Já me deu muita alegria
Se contar as pataquadas
Vai até clarear o dia
Agradeço o Criador
Por me dar sabedoria
E um pouco de inteligência
Por fazer esta poesia

II
Encontrei tanta gente boa
E também falsos amigos
Que vêm te bater nas costas
Aí é que mora o perigo
Pela frente são uma coisa
Mas por trás são diferentes
Esse tipo de amigo
Que fique longe da gente

III
Gosto de falar a verdade
Mas não gosto de ofender
Se é pra ter amigo falso
Então prefiro não ter
Amizade é coisa boa
A gente deve cativar
Por que amigo da onça
Se encontra em qualquer lugar

IV
Aos companheiros de estrada
E aos amigos de verdade
Quero que Deus lhes acompanhe
E dê muita felicidade
Nos defenda dos perigos
Dos acidentes da estrada
Pois muitos velhos amigos
Já foram pra outra morada.

Jandir Bianco, 22/02/2001

domingo, 9 de outubro de 2011

Saudade da Minha Infância

I
Hoje com muita saudade
Escrevi o que lembrei
Do lugar que eu morava
Onde nasci e me criei
Hoje moro distante
E sempre lembro de lá
Dos meus tempos de criaça
Ai, que saudade que dá

II
Há pouco tempo fui lá
Porém, não é mais o que era
As casas da vizinhança
Tudo virado em tapera
Hoje está tudo mudado
Achei muito diferente
Mas só por ter voltado lá
Já fiquei muito contente

III
O lugar onde eu morava
Era um alto bem bonito
As vezes fico pensando
Achando muito esquisito
Não existe mais morador
Todos foram embora de la
Hoje não tem mais vizinhos
Nem pra gente conversar

IV
Ao lembrar dequele tempo
Contando é até engraçado
Os caminhões puxando toras
Era gente pra todo lado
Atualmente não se vê ninguém
Acabou o povoado
Dizem que é o mundo moderno
Que hoje está globalizado.

Jandir Bianco, 30/01/2001

Jandir nasceu e passou boa parte de sua infância em um lugar chamado Faxinal Grande, zona rural da cidade de Palmeira-PR.

domingo, 2 de outubro de 2011

O Amor e Saudade

I
Quando bate uma saudade
Que aperta o coração
Eu fico desesperado
Pra sair da solidão
Fico só pensando nela
Para que a dor desapareça
Pois só ela é o remédio
Por incrivel que pareça

II
A dor de uma saudade
Coração quase não aguenta
Fica ardendo no peito
Igualzinho uma pimenta
Amor venha depressa
E que a saudade desapareça
Não em canso de dizer
Que você é demais para minha cabeça

III
A saudade que machuca
Vem depois de um grande amor
É como espinho de roseira
Que já não tem mais flor
Dizem que só outra paixão
Pode aplacar essa dor
Mas quem ama de verdade
Nunca esquece um grande amor

Jandir Bianco, 28/02/2001