Pesquisar

domingo, 25 de março de 2012

Nossa Senhora das Pedras

I
Muitos anos se passaram
Mas a história ficou
A fé de um peão boiadeiro
Que um dia neste chão pisou
Montou uma mula xucra
Que o patrão lhe ordenou
A mula corcoveou muito
Mas o peão não derrubou

II
A mula saiu corcoveando
Na fazenda campo afora
O peão firme nos arreios
Cortando a mula na espora
Vendo o perigo de perto
Mas, com fé em Nossa Senhora
Quando ia chegando na grota
Lembrou dela naquela hora

III
Lá no perau do outro lado
A Santa ele avistou
Naquele mesmo momento
A mula também parou
Voltando para a fazenda
Para o patrão ele contou
O que tinha acontecido
O patrão não acreditou

IV
Falou para o peão duvidando
Até fazendo ironia
Se aquilo fosse verdade
Uma prova ele queria
Se tivesse visto a santa
A mula ia dar cria
Foi tanta ignorância
Pra um homem de sabedoria

V
Onze meses se passaram
Até que chegou o dia
Com novidade na fazenda
A mula havia dado cria
O fazendeiro arrependido
Lembrou daquele dia
Bem à beira do penhasco
Uma capela ele erguia

VI
Todo ano é feita a festa
No primeiro domingo de agosto
Nossa Senhora das Neves
Todos querem ver o seu rosto
A história é de muita fé
E dizem que é verdadeira
Esta fato aconteceu na Fazenda da Boaida
Município de Palmeira

                                                                                  Jandir Bianco - 23/10/2002




Servico: Capela Nossa Senhora das Pedras

Tombada pelo Patrimônio Histórico, construída pelo Barão de Guaraúna, em estilo barroco colonial. No local há um paredão de pedra da Escarpa Devoniana, emoldurado por extensa área de preservação ambiental, considerado pelos fiéis como milagroso, pois afirmam avistar o semblante de Nossa Senhora refletido nas pedras. localização BR 277, sentido Palmeira Curitiba, até a Colônia Quero-Quero, seguindo até atingir a BR 376, continuando mais 7 km em estrada de terra.

Fonte: http://www.explorevale.com.br/rotadostropeiros/palmeira/turismo.htm

domingo, 18 de março de 2012

Minha Linda Curitiba

I
Minha linda Curitiba
Capital do Paraná
Existem cidades belas
Mais bela que ela não há
Curitiba tem belezas
E vocês devem conhecer
Todos os parques e bosques
E as áreas de lazer

II
Minha linda Curitiba
Até parece uma donzela
A cada dia que passa
Me apaixono mais por ela
Se comparada com outras
É verdade não tem lógica
A cidade é universitária
E capital ecológica

III
Minha linda Curitiba
Sempre cheia de mistério
Por eu ser paranaense
Que te levo tanto a sério
Juntos nesta caminhada
Já se foram muitos anos
A cada dia que amanhece
Eu sou mais Curitibano.

                                                                              Jandir Bianco, 26/12/2001















domingo, 11 de março de 2012

A Natureza

I
Das coisas que eu mais gostava
Hoje muito pouco resta
Os rios com suas aguas limpas
E as árvores na floresta
Ver os pássaros voando
Cantando e fazendo festa

II
Quando viajo pro interior
Eu volto pra casa triste
Aquelas árvores frondosas
Na mata já não existem
E os pássaros que cantavam soltos
Hoje estão presos comendo alpiste

III
A ganância fala mais alto
Tamanha é a destruição
Os rios de água potável
Hoje são só poluição
Das matas o pouco que resta
Está virando carvão

V
Será que chegará o dia
Que nós teremos consciência
Que temos que preservar
Para o bem da nossa existência
Acho que até o criador
Está perdendo a paciência

                                                                 Jandir Bianco, 08/02/2004

domingo, 4 de março de 2012

Bugio da Minha Terra

I
O Bugio da minha Terra
Até o ronco é diferente
Porque o Bugio da minha Terra
É bugiu Paranaense

II
O Bugio da minha Terra
Tem um ronco de primeira
Principalmente os Bugios
Lá das bandas de Palmeira

III
Quando o tempo tá pra chuva
O bicho fica alvoroçado
A gente escuta os bugios
Roncando pra todo lado

IV
O Bugio roncando grosso
Dentro do mato fechado
Quem no conhece Bugio
Pensa que o mato é assombrado

V
O Bugio foi num fandango
E não quiz pagar entrada
Ficou espiando na janela
Pra "campia" uma namorada

VI
Tomou uns gole da mardita
Ficou meio atordoado
Foi embora trambalhando
Andando meio de lado
                                                                                
                                                                                   Jandir Bianco, 08/03/2002