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domingo, 25 de dezembro de 2011

Então é Natal...



Quanta saudade de ganhar aquele abraço forte e apertado desejando Feliz Natal.

Quanta saudade do som da gaita que ecoava pela casa, muitas vezes nos acordando de um sono gostoso mas que mesmo assim fazia o dia começar mais alegre.

Quanta saudade do cheiro da costela no fogo logo cedo.

Quanta saudade daquela gargalhada quando alguém contava alguma piada ou fato engraçado. Impossível esquecer o movimento da cabeça indo para tráz e logo em seguida um bater de palmas dando conjunto aquela risada gostosa.

Quanta saudade dos almoços do dia 25 em que o senhor fazia uma prece para que aquela data sempre se repetisse com toda a família reunida novamente.

Quanta saudade da vizinhança que ia a vinha desejando Feliz Natal.

Quanta saudade daquela saborosa caipirinha e do igualmente gostoso "pica-pau" (pinga com mel).

Quanta saudade dos trejeitos típicos de um legítimo italiano bonachão que não parava de mexer as mãos enquanto falava alto.

Quanta saudade desse mesmo italiano ralhando com todo mundo para vir logo para mesa antes que comida esfriasse.

Quanta saudade ao lembrar de como essa época o deixava feliz e contente.

Mais um Natal que se vai e é incrível como coisas tão simples fazem tanta falta e como pequenos gestos representam tanto.

Papai querido, sei que está tão feliz quanto nos saudosos momentos citados acima. Sua presença faz muita falta e a saudade é muito grande, mas suas lembranças me enchem de alegria.

Feliz Natal.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Pior Que É Verdade

I
Nos versos que escrevo
Não tem poesia
Mas me da alegria
De poder cantar
Causos verdadeiros
Em versos rimados
Mas se não te agrado
Não deve escutar

II
Escrevo de tudo
O que vem na mente
Mas tem muita gente
Que não vai entender
O papel aceita tudo
O que a caneta escreve
Aí eu pego de leve
Que é pra não ofender

III
Escrevo com carinho
Aí vem um sujeito
Achando defeito
Diz: Está tudo errado
Não de julgar
Para não se julgado
É o que diz
O velho ditado

IV
Sabe que eu não levo
E nem levo em conta
Amigo da onça
Sempre vai ter
Pode achar defeito
Pode criticar
Vou continuar a escrever

Jandir Bianco, 04/02/2001

domingo, 11 de dezembro de 2011

Os Linguarudos

I
Existe um velho ditado
Que todo mundo já ouviu
Todo gaiteiro e violeiro
Leva fama de vadio
Eu trabalho, toco e canto
E quem fala isso, mentiu

II
Tocar, cantar e fazer versos
Eu faço por brincadeira
Pra ganhar o pão de cada dia
Trabalho a semana inteira
Saio na segunda cedo
Só volto na sexta-feira

III
Sábado é dia de descanso
E aí que o bicho pega
Saio tocando e cantando
Nos botecos e nas bodegas
Por isso que os linguarudos
Acham que a raça não nega

IV
Toco e canto onde eu quiser
Não devo nada a ninguém
Tudo que eu compro eu pago
Até o último vintém
Os fofoqueiros que se explodam
Aqui não vem, que não tem

Jandir Bianco, 08/02/2004

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Bela e Delicada

I
Moça tua beleza
Tua delicadeza
Que me deixa louco
Na imaginação
Sinto as minhas mãos
Te despindo aos poucos

II
Fazendo carinho
Bem devagarinho
Como você quer
Eu beijo tua boca
E você fica louca
Eu te faço mulher

III
Você ainda ofegante
Mais muito elegante
Me olha e me diz
Fique aqui bem perto
Você é o homem certo
Que me faz feliz

IV
A partir de agora
Não vá mais embora
Fique aqui comigo
Ou se você quiser
Serei tua mulher
Me leva contigo

Jandir Bianco, 18/01/2004