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domingo, 30 de setembro de 2012

Tributo ao Bar da Irene

I
Amigos que estão presentes
Eu quero pedir licença
E agradecer sua presença
E também sua atenção
Eu escrevi alguns versos
Parte do nosso universo
Do Alto Boqueirão

II
Eu falo do Bar da Irene
Conjunto Euclides da Cunha
Não precisa testemunha
O ambiente é salutar
A gente encontra os amigos
Tomamos aperitivos
E todos voltam pro seu lar

III
O Bar já é tradicional
A Irene e o Aparecido
Hoje mulher e marido
Atendendo a clientela
O Cido vai servindo
E a Irene diz "Vão engolindo"
E todos vão molhando a goela

IV
Chega o final de semana
A a turma delhe trago
Só ve o tamanho do estrago
Quando chega a segunda-feira
Acorda ainda de ressaca
Daí é chá de boldo e alfavaca
E sem dinheiro na carteira

V
Meu agradecimento a todos
Vizinhos que estão presentes
Além dos dois proprietários
Também aos outros clientes
Mas agora tenho que ir
Fica abraço do Jandir
De lembrança pra essa gente

                                                        Jandir Bianco, 13/12/2005

domingo, 23 de setembro de 2012

Esse é o Meu Compadre

I
Eu tenho um compadre que era caçador
Virou pescador por causa da lei
Anda por aí a pescar lambarí
Se pega alguma coisa não sei

II
Quase todo dia sai de madrugada
Mochila pesada, sempre a pedalar
Quando a tarde chega sem pressa
Ele regressa feliz para o lar

III
A minha comadre já está esperando
Que o compadre chegue para os dois jantar
Ele chega pedindo pra ele
Uma gamela pra poder se lavar

IV
Lava as mãos o rosto e penteia o cabelo
E ela com zelo lha traz a toalha
Ele se enchuga e fica contente
Janta e novamente vai ajeitar a "tralha"

V
Amahã cedinho ele vai novamente
Feliz e contente pra outro lugar
Ele vive a vida com muita alegria
Nas suas pescarias sem se preocupar

VI
Quando esta pescando está se divertindo
Ele vive rindo e vai pescar sozinho
Toda pescaria é uma aventura pra ele
Mas é dura pros "lambarinhos"

VII
Quando o dia clareia bem cedo
Os lambaris com medo, veem ele chegar
Sabem que a noite a banha é quente
E vão direto pros dentes
Se não souberem se cuidar


                                                          Jandir Bianco, 08/05/2005

domingo, 16 de setembro de 2012

Noite de Luar

I
A moça é bela
E o rapaz lá da janela
Vai e pergunta pra ela
"Eu posso te acompanhar?"
Ela vai indo
Abaixa a cabeça rindo
O rapaz já vai saindo
Pra encontrar em outro lugar

II
Depois de uns passos
Deu o primeiro abraço
Depois beijos e amaçõs
E o amor começou a esquentar
Eles vão procurar um contatinho
De preferência escurinho
Pra fazer a coisa rolar

III
Nada é mais bela
Que uma noite enluarada
O rapaz com a namorada
De mão dada a passear
De madrugada o sereno vem caindo
O casalzinho vai indo
Pro aconchego do seu lar

                                                           Jandir Bianco, 19/10/2002

domingo, 2 de setembro de 2012

O Vento

I
O vento que vem e passa
É diferente da fumaça
A gente sente e não vê
O vento chacoalha o galho
Derruba a gota de orvalho
Que cai sem saber porque

II
Peguei um punhado de vento
Segurei por um momento
Ele fugiu pelo dedos
Era um ventinho do norte
Se fosse um vento mais forte
Teria ficado com medo

III
O vento suave refresca
Na cidade e na floresta
Ajuda baixando o calor
Temporal forte é tormento
Se vier com padra e vento
Sempre espalha o terror

IV
O vento frio vem do Sul
Com tempo feio ou céu azul
É chamado de Minuano
Fico em volta do fogão
Tomando meu chimarrão
Sentado fazendo plano

                                                       Jandir Bianco, 15/09/2005