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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Final de 2001

I
Fizemos uma festança
No fim do ano passado
Passamos a noite comendo
Lentilha e leitão assado
A turma estava animada
Jogando truco e conversando
De vez em quando um foguete
Pra ninguém ficar cochilando.

II
Assim passamos a noite
E as mulheres cantando
Num karaoke no capricho
E os homens bebericando
A meia noite paramos
Porque o céu estava em fogo
Tantos fogos que soltaram
Tinha chegado o ano novo.

III
Todos tomando champagnhe
Felicitando o ano novo
Esperando clarear o dia
Pra começar tudo de novo
Feito uma churrascada
Almoçamos com os parentes
O dia passou tão depressa
Ficamos muito contentes

IV
Logo depois do almoço
Fiz uma brincadeira
Peguei a gaita e toquei
Cantei xotes e vaneiras
Apanhei o violão e declamei
Uma história verdadeira
A vida de um carroceiro
Que era filho de Palmeira.

                                                                           Jandir Bianco, 13/04/2002

domingo, 11 de novembro de 2012

Sempre COXA

Eu vou no Couto Pereira
Só pra ver o COXA jogar
Quando chego no Alto da Glória
A maior torcida está lá
E COXA sai na frente
Com um golaço do meio da cancha
O estádio todo treme
Com a torcida COXA-BRANCA.

                                                               Jandir Bianco, 22/02/2004

domingo, 4 de novembro de 2012

Sonho Maluco

I
Esses dias tive um sonho
Fiquei meio embaraçado
Sonhei que tinha morrido
Pro céu tinham me levado
Mas quando cheguei lá em cima
Tinha gente pra todo lado
Fizeram uma grande festa
Só porque  eu tinha chegado

II
Eu tava todo perdido
Sentei na primeira mesa
Pensei que era um restaurante
Pedi logo uma cerveja
Veio um barbudo e disse:
"Aqui é lei seca com certeza!"
Só pode rezar e cantar
Mas não pode ter tristeza.

III
Perguntei quem ele era
Me respondeu com firmeza
Eu sou Raul Seixas
Canto o Maluco Beleza
E já comecou a cantar
Aí foi só felicidade
O Belermino e a Gabriela
Cantaram As Mocinhas da Cidade

IV
Daí saiu a Cana Verde
Cantada pelo Tonico
Só que ele "tava" sem viola
Aí veio o Luiz Gonzaga
Tocando a Asa Branca
Escutei o Cio da Terra
Sem a voz do Pena Branca

V
Mais adiante tinha dois
E eu fui chegando perto
Então fiquei de boca aberta
Mas continuie na minha
Pra poder ficar ouvindo
Gildo de Freitas e Texeirinha

VI
Tava na hora de acordar
Eu falei que vinha embora
Não queriam me deixar
Eu disse: "Volto outra hora."
Mas quando me acordei
Levei um susto danado
O quarto estava em silêncio
Ai tratei de ficar acordado.

                                                                    Jandir Bianco, 13/02/2001

domingo, 21 de outubro de 2012

Um Passeio Inesquecível

I
Saí pra fazer um passeio
Voltei muito admirado
Fui na casa de um colono
Pras bandas de Cruz Machado
Fica ali na Linha União
Pertinho do alagado
Fui muito bem recebido
E muito melhor tratado

II
Quando chegamos lá
O carro com o tanque furado
Derramando gasolina
Eu fiquei apavorado
Mario pois uma bacia
O combustível foi aparado
Deitou em baixo do carro
A mangueira tinha rasgado
Não demorou cindo minutos
O tanque estava arrumado

III
O Moacir que nos levou
Foi fazendo apresentação
Minha mãe Dona Hermelinda
Meu pai se chama Simão
A Eva é minha irmã
O Mário é meu irmão
O Gabriel é meu sobrinho
Esse vai dar "guri" bom

IV
Na hora de vir embora
Eu fiquei encabulado
Tantas coisas que ganhamos
O carro ficou lotado
Me deram frango caipira
Milho verde ensacado
Tinha pera e requeijão
Melão e salame defumado
Quero agradecer aos Andrews
E dizer muito Obrigado.

                                                                  Jandir Bianco, 27/04/2003

domingo, 30 de setembro de 2012

Tributo ao Bar da Irene

I
Amigos que estão presentes
Eu quero pedir licença
E agradecer sua presença
E também sua atenção
Eu escrevi alguns versos
Parte do nosso universo
Do Alto Boqueirão

II
Eu falo do Bar da Irene
Conjunto Euclides da Cunha
Não precisa testemunha
O ambiente é salutar
A gente encontra os amigos
Tomamos aperitivos
E todos voltam pro seu lar

III
O Bar já é tradicional
A Irene e o Aparecido
Hoje mulher e marido
Atendendo a clientela
O Cido vai servindo
E a Irene diz "Vão engolindo"
E todos vão molhando a goela

IV
Chega o final de semana
A a turma delhe trago
Só ve o tamanho do estrago
Quando chega a segunda-feira
Acorda ainda de ressaca
Daí é chá de boldo e alfavaca
E sem dinheiro na carteira

V
Meu agradecimento a todos
Vizinhos que estão presentes
Além dos dois proprietários
Também aos outros clientes
Mas agora tenho que ir
Fica abraço do Jandir
De lembrança pra essa gente

                                                        Jandir Bianco, 13/12/2005

domingo, 23 de setembro de 2012

Esse é o Meu Compadre

I
Eu tenho um compadre que era caçador
Virou pescador por causa da lei
Anda por aí a pescar lambarí
Se pega alguma coisa não sei

II
Quase todo dia sai de madrugada
Mochila pesada, sempre a pedalar
Quando a tarde chega sem pressa
Ele regressa feliz para o lar

III
A minha comadre já está esperando
Que o compadre chegue para os dois jantar
Ele chega pedindo pra ele
Uma gamela pra poder se lavar

IV
Lava as mãos o rosto e penteia o cabelo
E ela com zelo lha traz a toalha
Ele se enchuga e fica contente
Janta e novamente vai ajeitar a "tralha"

V
Amahã cedinho ele vai novamente
Feliz e contente pra outro lugar
Ele vive a vida com muita alegria
Nas suas pescarias sem se preocupar

VI
Quando esta pescando está se divertindo
Ele vive rindo e vai pescar sozinho
Toda pescaria é uma aventura pra ele
Mas é dura pros "lambarinhos"

VII
Quando o dia clareia bem cedo
Os lambaris com medo, veem ele chegar
Sabem que a noite a banha é quente
E vão direto pros dentes
Se não souberem se cuidar


                                                          Jandir Bianco, 08/05/2005

domingo, 16 de setembro de 2012

Noite de Luar

I
A moça é bela
E o rapaz lá da janela
Vai e pergunta pra ela
"Eu posso te acompanhar?"
Ela vai indo
Abaixa a cabeça rindo
O rapaz já vai saindo
Pra encontrar em outro lugar

II
Depois de uns passos
Deu o primeiro abraço
Depois beijos e amaçõs
E o amor começou a esquentar
Eles vão procurar um contatinho
De preferência escurinho
Pra fazer a coisa rolar

III
Nada é mais bela
Que uma noite enluarada
O rapaz com a namorada
De mão dada a passear
De madrugada o sereno vem caindo
O casalzinho vai indo
Pro aconchego do seu lar

                                                           Jandir Bianco, 19/10/2002

domingo, 2 de setembro de 2012

O Vento

I
O vento que vem e passa
É diferente da fumaça
A gente sente e não vê
O vento chacoalha o galho
Derruba a gota de orvalho
Que cai sem saber porque

II
Peguei um punhado de vento
Segurei por um momento
Ele fugiu pelo dedos
Era um ventinho do norte
Se fosse um vento mais forte
Teria ficado com medo

III
O vento suave refresca
Na cidade e na floresta
Ajuda baixando o calor
Temporal forte é tormento
Se vier com padra e vento
Sempre espalha o terror

IV
O vento frio vem do Sul
Com tempo feio ou céu azul
É chamado de Minuano
Fico em volta do fogão
Tomando meu chimarrão
Sentado fazendo plano

                                                       Jandir Bianco, 15/09/2005

domingo, 26 de agosto de 2012

Saudade e o Pé no Fundo

I
Muitas vezes quando viajo
Cortando o Brasil no pé
Coração acelerado
Lembro do filhos e da mulher
Aí eu piso mais fundo
E seja o que Deus quiser

II
Quando a distancia é grande
Eu sei que a volta demora
Paro e faço uma oração
A Deus e a Nossa Senhora
Me ajuda aumentar as forças
Para cortar o Brasil afora

III
Sem esperar a saudade chega
Os olhos se enchem de água
Mas como bom viajante
Nunca carreguei mágoa
A saudade corta o coração
E o pé vai cortando a estrada

IV
Muitos dias passo na estrada
Lutando por meus ideais
Quando vou chegando em casa
A saudade fica pra trás
Se lá fora sou bem tratado
Em casa sou muito mais

                                                             Jandir Bianco, 09/05/2003

sábado, 18 de agosto de 2012

Pensando em Vocês Declamo

I
Escrevi três, quatro versos
Para este final de ano
Sei que esta é a melhor data
Pros parentes irem se encontrando
Trabalhei o ano inteiro
Vou gastar um pouco do lucro
Eu peço desculpa a todos
Que este "coéra" é meio chucro

II
A gente faz o que pode
Não dá pra fazer milagre
Nem sempre a vida e doce
As vezes tem o sabor de vinagre
Mas as coisas boa da vida
Temos que comemorar
Por isso o ano foi depressa
Pra podermos nos encontrar

III
Sei que a festa vai ser boa
Lembro das festas passadas
É só no final do ano
Que se encontra a parentada
Para aqueles que vem de longe
E pros que moram mais perto
As portas não tem tramela
E o portão está sempre aberto

IV
Quero agradecer a todos
Do fundo do coração
Por me darem esse presente
Com a sua participação
Eu só ai ficar triste
Se vocês não tivessem vindo
Queria que vocês sentissem
A alegria que estou sentindo

                                                                      Jandir Bianco, 23/10/2002

domingo, 12 de agosto de 2012

Palmeira e a Seresta

I
As noites guardam ainda
O eco da voz seresteira
Esta voz que estas ouvindo
É de um filho de Palmeira

II
Hoje não se ouve mais
Aquelas canções madrugueiras
Está faltando alma de poeta
Pra fazer serestas verdadeiras

III
Eu sou filho de Palmeira
Dos nossos Campos Gerais
Hoje ainda estou cantando
Amanhã talvez não cante mais

IV
A todos que me ouvirem
Palmeira está sempre presente
Palmeira que não deu cacho
Mas deu muita alegria pra gente

V
Existe um velho ditado
Que a melhor brasa é pra nossa sardinha
Ponta Grossa é a Princesa dos Campos
E a Palmeira é a nossa Rainha.

                                                                                             Jandir Bianco, 02/11/2003

domingo, 5 de agosto de 2012

Casa Velha

I
Casa Velha conservada
Fogão de lenha no canto
Chaminé de Picumã
É uma história do passado
Que está sendo preservada
Pra poder lembrar amanhã

II
Os seus donos já partiram
Os herdeiros dividiram
Foi conforme o combinado
Cada vez que chego lá
Parece que vou encontrar
Na varanda os dois sentados

III
Bule de café no fogo
Velho fogão fumegando
O que ficou de lembrança
Saudade é o que não falta
Quanto mais o tempo passa
Faz aumentar a distancia

IV
Sei que a vida continua
Cada um cuida da sua
Não adianta lastimar
Foi bom enquanto durou
Por que o que passou passou
Não dá pra fazer voltar

                                                                    Jandir Bianco, 15/03/2002

domingo, 3 de junho de 2012

Jantar na AABB

I
O jantar estava gostoso
Companheiros de primeira
Dois leitões do mato assados
Lá na AABB de Palmeira
Alguns jogando baralho
Outro assando linguicinha
Uns preparando salada
Outros se virando na cozinha

II
Foi servido aperitivo
Feito da melhor maneira
Wisk e refrigerantes
Cerveja na geladeira
Todos comeram a vontade
Jantar tipo americano
Bebenos a noite inteira
Foi o maior porrete do ano

III
Lá na mesa de brilhar
O adversário era fraco
Estava ganhando de todos
Até eu pegar no taco
Ganhei umas três em seguida
Aí depenei o pato
Fui campeão naquele dia
Porque jogo bem de fato

IV
Quero agradecer a todos
Também o anfitrião Téio
Dr.Wilson e Dr.Mauricio
O Dado, o Nilton e o Bredão véio
Lá na casa do seu Juca
Fomos fazer o assado
A todos que estavam lá
Deixo meu muito obrigado

                                                                  Jandir Bianco, 15/03/2002

domingo, 20 de maio de 2012

20 de Maio - Um dia Especial


Hoje era dia de costela no fogo, dos amigos reunidos e da gaita tocando.

Dia de muita alegria, muita conversa, muitos "causos", muitas piadas e muitas risadas.

Eram dias como esse que fazem a vida valer a pena.

O 20 de Maio é um dia especial.

Parabéns meu Pai.
























domingo, 13 de maio de 2012

Água é Vida

I
Água que cai da cascata
La em baixo se achata
Vai correndo sem parar
Serpenteando pelas matas
Procurando outra cascata
Até chegar no mar

II
Água é vida que passeia
Igual o sangue na veia
De um pequeno riacho
As vezes a nascente brota
Lá no alto de uma grota
Vem escorrendo morro abaixo

III
Gosto de ver uma aguada
Lá no fundo da canhada
Dando início a um ribeirão
Coisa que me deixa triste
É saber que o homem existe
Gerando tanta poluição

IV
Chega me dar arrepio
Chegar a beira de um rio
E ficar observando
A gente vê tanto lixo
É muita falta de capricho
Com nossos rios agonizando

                                       Jandir Bianco, 27/08/2005

domingo, 6 de maio de 2012

Trançando Couro


I
Fiz um buçal no capricho
Trançado com 12 tentos
O cabo trancei com oito
Seis metros de comprimento
Usei argolas de prata
Pra fazer o acabamento
Ficou um buçal de primeira
Não vi igual até o momento

II
Mudei tudo no arreio
Do rabicho ao peitoral
Fiz de couro trançado
Pra ficar igual ao buçal
Barrigueira e sobre chincha
Pra não machucar o animal
Trancei com tento mais fino
De couro cru especial

III
A cabeçada e as rédeas
Trancei com desembaraço
Na chinca eu coloquei
Uma argola de aço
Estava quase tudo pronto
Já sentindo cansaço
Lembrei que faltava trançar
A boleadeira e o laço

IV
Ainda trançei um rebenque
Mais ou menos metro e meio
Pra quanto estiver no campo
Não periga eu fazer feio
Se vier bicho pro meu lado
É melhor sair da frente
Pois não vou ficar parado
Faço assoviar o rebenque


                                                                  Jandir Bianco, 26/12/2001




domingo, 29 de abril de 2012

Samba do Agradecimento

I
No braço do cavaquinho
Encontrei esta maneira
Quero agradecer meus pais (bis)
E os amigos da Palmeira

II
No braço da cavaquinho
Eu faço as cordas chorar
Igual água dos teus olhos (bis)
Que escorrem e vão para o Mar

III
Estou tocando e cantando
Mas dificilmente eu caio
Aprendi bem a lição (bis)
Com meu amigo Daio

IV
Me desculpe a liberdade
Que eu tratei o senhor
O Daio, alem de amigo (bis)
É excelente professor

                                                            Jandir Bianco, 10/12/2003

domingo, 22 de abril de 2012

O Indio e a Floresta

I
Lembre do arco e da flexa
Quando faz a cruz na testa
Se prepara pra rezar
Para o Indio da Floresta
Hoje muito pouco resta
Chega de discriminar

II
Com suas malocas nos vales
Queremos terra sem males
Campanha que a Igreja faz
Pedimos aos fazendeiros
E também aos madeireiros
Pra deixarem o Indio em paz

III
Na constituição está escrito
Um parágrafo bonito
Que não está sendo cumprido
Diz que o Indio está amparado
Ma se vê pra todo lado
O Indio sendo oprimido

IV
Não estou fazendo cartaz
Canto pra pedir a paz
Acho que é um bom motivo
Peço para as autoridades
Também as comunidades
Ajuda ao nosso irmão nativo

                                                       Jandir Bianco, 17/03/2002

domingo, 15 de abril de 2012

Cidade da Lapa


I
Pra você que mora perto
Pra você que mora longe
Dê um passeio na Lapa
Pra conhecer a Gruta do Monge
A cidade tem histórias
Tem um visual bonito
O padroeiro e Santo Antônio
Também tem São Benedito

II
Dia vinte e seis de dezembro
É um dua muito bonito
Os Lapeanos se reunen
Pra festejar São Benedito
Nessa festa tem congada
Cerimônia dos ancestrais
Hoje só se vê na Lapa
Em outros lugares não mais

III
Viste o Museu das Armas
E o Panteão dos Heróis
A casa que nasceu Nei Braga
Homem que fez tanto por nós
O Memorial dos Pracinhas
Que derã a vida lutando
Na casa do artesanato
Sempre tem alguém comprando

IV
Na casa dos cavalinhos
Vai ouvir uma bela história
Quando estivemos lá
Quem contou foi uma senhora
No Museu Casa Lacerda
Estão os móveis do General Carneiro
Deixou seu nome na história
A bem do povo brasileiro.

                                                               Jandir Bianco, 26/12/2001







sexta-feira, 6 de abril de 2012

Vila Rosa

I
Nossa Senhora das Graças
Uma bela comunidade
Onde todos colaboram
Com a maior boa vontade
O seu povo é muito ordeiro
Cumpridor da obrigação
Graças aos antepassados
Que nos deixaram na mão

II
Seus primeiros moradores
Se banderam pra outro lado
Mas deixaram suas sementes
Neste solo abençoado
Aí vieram muitos outros
De rincões muito distantes
Fazendo parte da vila
Hoje são seus habitantes

III
Nossa vila é promissora
Cresceu uma barbaridade
Só os moradores daqui
Sabem que isso é verdade
Ainda falta muitas coisas
Devagar chegamos lá
Muito em breve minha gente
Temos histórias pra contar

IV
Sou nascido no interior
Depois aqui vim morar
Lembrando daquele tempo
Quanta saudade que dá
Hoje estou muito feliz
Cantando em verso e prosa
Pois sou filho da Palmeira
Morador da Vila Rosa

                                                                  Jandir Bianco, 25/10/2001

domingo, 25 de março de 2012

Nossa Senhora das Pedras

I
Muitos anos se passaram
Mas a história ficou
A fé de um peão boiadeiro
Que um dia neste chão pisou
Montou uma mula xucra
Que o patrão lhe ordenou
A mula corcoveou muito
Mas o peão não derrubou

II
A mula saiu corcoveando
Na fazenda campo afora
O peão firme nos arreios
Cortando a mula na espora
Vendo o perigo de perto
Mas, com fé em Nossa Senhora
Quando ia chegando na grota
Lembrou dela naquela hora

III
Lá no perau do outro lado
A Santa ele avistou
Naquele mesmo momento
A mula também parou
Voltando para a fazenda
Para o patrão ele contou
O que tinha acontecido
O patrão não acreditou

IV
Falou para o peão duvidando
Até fazendo ironia
Se aquilo fosse verdade
Uma prova ele queria
Se tivesse visto a santa
A mula ia dar cria
Foi tanta ignorância
Pra um homem de sabedoria

V
Onze meses se passaram
Até que chegou o dia
Com novidade na fazenda
A mula havia dado cria
O fazendeiro arrependido
Lembrou daquele dia
Bem à beira do penhasco
Uma capela ele erguia

VI
Todo ano é feita a festa
No primeiro domingo de agosto
Nossa Senhora das Neves
Todos querem ver o seu rosto
A história é de muita fé
E dizem que é verdadeira
Esta fato aconteceu na Fazenda da Boaida
Município de Palmeira

                                                                                  Jandir Bianco - 23/10/2002




Servico: Capela Nossa Senhora das Pedras

Tombada pelo Patrimônio Histórico, construída pelo Barão de Guaraúna, em estilo barroco colonial. No local há um paredão de pedra da Escarpa Devoniana, emoldurado por extensa área de preservação ambiental, considerado pelos fiéis como milagroso, pois afirmam avistar o semblante de Nossa Senhora refletido nas pedras. localização BR 277, sentido Palmeira Curitiba, até a Colônia Quero-Quero, seguindo até atingir a BR 376, continuando mais 7 km em estrada de terra.

Fonte: http://www.explorevale.com.br/rotadostropeiros/palmeira/turismo.htm

domingo, 18 de março de 2012

Minha Linda Curitiba

I
Minha linda Curitiba
Capital do Paraná
Existem cidades belas
Mais bela que ela não há
Curitiba tem belezas
E vocês devem conhecer
Todos os parques e bosques
E as áreas de lazer

II
Minha linda Curitiba
Até parece uma donzela
A cada dia que passa
Me apaixono mais por ela
Se comparada com outras
É verdade não tem lógica
A cidade é universitária
E capital ecológica

III
Minha linda Curitiba
Sempre cheia de mistério
Por eu ser paranaense
Que te levo tanto a sério
Juntos nesta caminhada
Já se foram muitos anos
A cada dia que amanhece
Eu sou mais Curitibano.

                                                                              Jandir Bianco, 26/12/2001